O aumento nos preços de matéria-prima plástica foi uma realidade durante boa parte do ano. Em síntese, a crise causada pelo coronavírus e a “dolarização” foram os principais responsáveis. Neste sentido, a indústria conviveu com variação em preços e na demanda de insumos.

Mas, como compreender este cenário tão complexo? E o que esperar para 2021? Neste texto, trazemos um apanhado de notícias, pesquisas e comentários relevantes para compreender o atual momento. 

Na Lorens, redobramos os cuidados para atender às demandas de nossos clientes, com foco total em seus interesses, não importa a adversidade. Reconhecemos a importância da indústria plástica e em garantir o abastecimento de produtos.

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A origem do aumento nos preços de matéria-prima plástica

O ano foi muito complexo para vários setores da indústria plástica. Nesse sentido, dois tópicos são essenciais para entender 2020:

  • a valorização do dólar, principal moeda do mundo, em relação ao real: No momento em que este texto está sendo escrito, US$1 é equivalente a US$5,23, mas os números já foram maiores, o que se reflete nas negociações dentro da indústria.
  • a crise do coronavírus, que teve impactos severos em praticamente todas as economias do mundo, e afetou diversas áreas.

 

Estes dois pontos interferem em diversas rotinas de produção, como oferta de matérias-primas; preços; frete; logística; além das rotinas de produção nas fábricas. Tudo isso é parte do “novo normal” de 2020. 

Este é um cenário que se desenhava desde o primeiro semestre. Nesse sentido, a situação não se normalizou, conforme a pandemia foi avançando. Polietileno, polipropileno e PVC, por exemplo, estavam na lista de matérias-primas consumidas acima da capacidade produtiva, em agosto. 

As conexões que explicam o aumento nos preços de matéria-prima plástica

Segundo a Usinagem Brasil, em agosto deste ano, a desvalorização do real foi o principal problema. Isto porque o custo da matéria-prima é definido em dólar. Ou seja, com a moeda brasileira fraca, as matérias-primas também ficam mais caras. 

Em julho, já houve reajustes no preço de insumos, pelo mesmo motivo. Embora a produção tenha sido retomada no decorrer do ano, o cenário positivo não foi visto na compra de materiais. 

Este é um contexto global de produção, consumo e comercialização de plástico. Isto porque houve aumento na demanda durante a quarentena. Casos de descartáveis, embalagens para delivery, entre outros itens associados à proteção contra o coronavírus.

Assim, a demanda aumentou em diversos países, como a China, conforme aponta o Diário do Commercio. Ao mesmo tempo, as limitações impostas pelo vírus frearam a produção. Por fim, o cenário foi de escassez de matérias-primas durante boa parte do ano.

Outros fatores relevantes para a indústria

Pode-se pontuar ainda outras questões, como o monopólio em alguns segmentos no mercado, e problemas ambientais em Alagoas, no início do ano, e nos Estados Unidos, no segundo semestre, como responsáveis por manter essa disparidade entre oferta e demanda.

Segundo a Abief, a Associação Brasileira de Embalagens Plásticas Flexíveis, neste final de ano vários mercados, como o norte-americano, turco e do sudeste asiático acompanharam as altas dos preços nos insumos.

A expectativa é de melhora real apenas para 2021. A expectativa é de tímida retomada entre oferta e demanda ainda em dezembro, mas com repercussões mais concretas apenas posteriormente.